A Advocacia-Geral da União (AGU) solicitou a abertura de uma investigação ampla sobre a formação dos preços de combustíveis no Brasil, diante de indícios de que distribuidores e revendedores não estariam repassando integralmente as reduções aplicadas pelas refinarias ao consumidor final. A medida visa combater práticas abusivas que impactam diretamente o orçamento de famílias e empresas, inclusive na região de Feira de Santana.
A solicitação foi baseada em análises feitas pela Secretaria Especial de Análise Governamental, da Casa Civil da Presidência da República, e pela Secretaria Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, do Ministério de Minas e Energia. Os dados apontam possíveis práticas anticoncorrenciais nos setores de distribuição e revenda, especialmente no mercado de GLP (gás liquefeito de petróleo), diesel e gasolina.
De acordo com as informações levantadas, foram identificadas distorções preocupantes nos preços cobrados ao consumidor. Enquanto os aumentos anunciados pelas refinarias foram repassados integralmente — e, em alguns casos, até ampliados — as reduções de preço não tiveram o mesmo efeito. Isso tem resultado em lucros excessivos para intermediários, em detrimento do consumidor, seja ele um motorista feirense ou um empresário da região.
O pedido de investigação foi encaminhado a diversos órgãos de controle e fiscalização, incluindo o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), a Polícia Federal, a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) e a Procuradoria Nacional da União de Patrimônio Público e Probidade. O objetivo é garantir mais transparência e justiça na composição dos preços dos combustíveis em todo o território nacional.
A expectativa é que a ação conjunta dessas entidades resulte em medidas concretas para proteger os consumidores e corrigir falhas no sistema de distribuição de combustíveis. A população de Feira de Santana, assim como de outras regiões do país, aguarda com atenção os desdobramentos dessa iniciativa.